São os princípios financeiros aplicados para gerir de forma mais eficiente os recursos de um indivíduo ou família. Consiste na tarefa de alocar e organizar os bens ou recursos detidos para administrá-los de forma adequada.

Nas finanças pessoais, não se englobam apenas os rendimentos e despesas que os recursos representam, mas também o investimento adequado dos mesmos, seja para melhorar o património ou direcioná-los para a poupança, aumentando assim a quantidade disponível.

Para que servem as finanças pessoais?

No mundo, o dinheiro é um dos fatores mais voláteis de momento a momento, devido às flutuações que pode sofrer. Sem mencionar que o recurso económico pode enfrentar situações inesperadas que não estão contempladas, se necessário. Muitas vezes ouvimos casos em que o dinheiro não é suficiente e isso resulta em problemas financeiros devido à falta de conhecimento na área financeira.

É necessário conhecê-las e começar a implementar hábitos financeiros para fazer uma diferença positiva na nossa carteira. Se os seus rendimentos não são refletidos num nível adequado, pode significar que não tem uma gestão adequada das suas finanças pessoais. Por outro lado, se tivermos boas finanças, essa quantidade pode aumentar e posteriormente ser usada para o que desejarmos.

Dependendo dos objetivos a médio ou longo prazo que se pretendem alcançar, é assim que devemos direcionar os nossos recursos. Estas são algumas razões ou objetivos a considerar para ter uma boa educação financeira a nível pessoal.

Independência

Se, em algum ponto da vida, alcançarmos a independência financeira, o dinheiro deixará de requerer o nosso tempo para aumentar sem a necessidade de dedicar a maior parte dos nossos dias a isso. Dessa forma, teremos mais rendimentos com os quais podemos contar.

Investimento

Poder poupar rendimentos de forma a gerar o suficiente para investi-los corretamente. Se investirmos corretamente, podemos adquirir bens que antes pareciam caros, como veículos, níveis de estudo avançado, uma casa; aumentando assim a nossa qualidade de vida.

Libertação

O recurso económico é importante atualmente, tudo gira em torno dele e do valor que lhe foi atribuído. Por isso, implementar hábitos positivos na tua vida financeira permitirá que te foques em outros aspetos tão importantes quanto o monetário.

Reforma

O tempo não pára, por isso um fundo de reforma será de uma grande ajuda quando esse momento chegar. Ao gerir corretamente as nossas finanças pessoais, poderemos desfrutar de estabilidade económica quando chegar o dia em que deixamos de trabalhar.

Estabilidade

Poder enfrentar qualquer risco ou obstáculo sem que o nosso recurso económico seja afetado. A prevenção de uma boa estabilidade financeira pode ser alcançada através da aquisição de um seguro de vida, seguro automóvel ou simplesmente aligeirando os gastos temporariamente.

Que aspetos devem ser considerados para identificar o estado das finanças pessoais?

O primeiro passo para identificar o estado das nossas finanças pessoais são os elementos que as compõem. São básicos para analisá-las corretamente, sendo estes:

  • Ativos: Recursos com um valor determinado destinados a gerar benefícios no futuro. São bens de longa duração que resultam de ações anteriores com impacto no futuro.
  • Passivos: Obrigações financeiras que representam pagamentos a serem efetuados por um ativo adquirido anteriormente. São as dívidas a pagar resultantes de um gasto feito no passado.
  • Rendimentos: Ganhos obtidos que aumentam o total dos nossos bens. São obtidos através de um bem, material ou não, para posteriormente dispor deles na sua totalidade, desde que não haja terceiros com os quais partilhar em contribuições.
  • Despesas: Transações realizadas para a obtenção ou consumo de um bem ou serviço mediante uma contrapartida. É a saída do recurso económico que acontece ao adquirir algo, trocando dinheiro por bens ou serviços.

Uma vez estabelecidos os termos dos elementos principais a considerar, podemos realizar um balanço geral das nossas finanças pessoais.

Como organizar as minhas finanças

Para ter umas boas finanças pessoais, devemos planear antes de qualquer outra coisa, com o objetivo de fazer uma gestão correta dos nossos recursos. Os passos a seguir para uma adequada planificação são:

  1. Avaliar a situação em que nos encontramos de forma geral. É importante considerar não apenas o dinheiro, mas também as necessidades e as expectativas a longo prazo que procuramos.
  2. Identificar os objetivos para um determinado período de tempo, seja a curto ou longo prazo, para começar a direcionar os recursos com base no que queremos alcançar.
  3. Definir um plano de ação para implementar os objetivos estabelecidos e usar as ferramentas ao nosso alcance para alcançar os resultados desejados.
  4. No final do período de tempo estabelecido na planificação, devemos analisar a sua aplicação

Finanças pessoais saudáveis

O passo mais importante para que as finanças pessoais não tenham um impacto negativo na nossa economia é a correta gestão dos nossos bens, neste caso, económicos. Uma forma de o fazer é categorizar os nossos gastos para saber a que se destina cada orçamento. As categorias a ter em conta são:

  • Gastos fixos: Todas as despesas que devem ser feitas sem exceção, a intervalos regulares. Aqui são considerados os serviços de fornecimento (água, eletricidade, gás), impostos, rendas, entre outros.
  • Gastos variáveis: São os gastos que, como o nome indica, variam dependendo da quantidade de dinheiro utilizada, por isso nunca são uma quantia fixa. Exemplos destes são transporte, vestuário, refeições, etc.
  • Gastos pessoais: Nesta categoria encontram-se as despesas feitas na nossa vida diária, independentemente de serem por diversão ou essenciais: cinema, medicamentos, combustível, passatempos, entre outros.
  • Gastos inesperados: São todas as despesas que são feitas de forma inesperada, alterando o nosso planeamento económico. Aqui se incluem operações, consultas médicas, acidentes, etc.

Ao fazer esta separação de gastos, podemos otimizar os nossos recursos económicos. No entanto, recomenda-se também ter em conta alguns outros conselhos para alcançar os melhores resultados.

  • Investir o dinheiro pode ajudar a aumentá-lo se for feito corretamente. Deve-se considerar se temos um orçamento suficiente para o fazer, uma vez que isso representa um risco a curto prazo para o nosso património, embora, se começar numa idade jovem, verá melhores resultados a longo prazo.
  • Livrar-nos de todas as dívidas ou pagamentos pendentes ajudar-nos-á a eliminar algumas despesas e abrirá a possibilidade de começar a poupar esse dinheiro.
  • Observar os movimentos financeiros que realizamos para avaliar se realmente estamos a caminho dos objetivos estabelecidos. Uma boa forma de alcançar as nossas metas é gastar menos do que os rendimentos que obtemos para não termos dívidas no futuro.

Dar a devida importância às finanças pessoais é um dos fatores que contribuirá para uma melhor qualidade de vida. Atualmente, existem milhares de fontes onde nos podemos informar e receber orientação sobre o tema, e dedicar um pouco de tempo a aprender sobre elas pode fazer a diferença para ter finanças saudáveis a nível pessoal.

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